21/06/2011

Um Excelente Prémio para a Nossa Escola

A nossa aluna Beatriz Mónica, do 7º B, ganhou uma Menção Honrosa no Concurso Uma Aventura Literária, promovido pela Editorial Caminho. O texto que a Beatriz escreveu encantou o júri do Concurso. A Beatriz recebeu um diploma e um livro das autoras Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada.




Esperamos que gostem do texto!





A aventura de duas pequenas folhas



Certo dia, duas folhinhas de outono que viviam numa grande árvore recheada de pequenos frutos decidiram soltar-se da árvore e viver uma aventura juntas.
Um dia de vento era o ideal, mas esse dia não chegava, e pensaram soltar-se sem vento, só que não iriam muito longe.
Até que uma brisa forte e inesperada as levou… e as duas acabaram por cair num rio. Era muita a agitação e o desespero naquela água fria e turbulenta.
Passou um peixe e gritaram, mas pareceu que ele não as ouviu.
Andava, por ali, um castor e elas pediram socorro; ele era de bons modos e não as ignorou. Tinha dentes afiados e logo fez um barco, foi ter com as folhinhas e com muito cuidado pegou nelas e meteu-as em cima do barco. Voltou para terra e levou-as para a sua toca.
Explicaram como ocorrera tal fenómeno, até o castor as convidar para passarem ali aquela noite.
Aceitaram o convite e o castor foi lá fora apanhar pauzinhos para fazer as suas camas. Dormiram todos muito bem e de manhã as duas folhinhas agradeceram ao castor e que iam continuar a sua aventura, por isso tinham de abalar.
Encostaram-se à toca do castor e esperaram por mais uma rajada de vento. Assim que começaram a levantar voo disseram adeus ao castor, que as espreitava da toca.
Desta vez voaram durante um longo bocado até caírem num jardim. E como todas as outras folhas, paus, ervas e pétalas de flores que ali caem, foram varridas para dentro de um saco preto, escuro e medonho. E agora, ali no meio de tantas ervas, folhas e paus, as duas folhinhas desencontraram-se. Aflitas pensavam se iriam sobreviver.
Até que se ouviu uma voz vinda de lá de fora:
- Sr. Varredor, por favor… seria possível estas duas crianças tirarem umas quantas folhas para um trabalho escolar?
O varredor respondeu sem hesitar:
- Claro leve as que precisar!
E as duas crianças pegaram numas quantas folhas e meteram dentro de um saco. Uma das folhinhas foi colocada dentro de um saco branco e quando viu que estava noutro lugar começou a olhar para ver se via a sua amiga, e foi tal a tristeza, quando não a viu. Já a outra fora colocada num saco vermelho e quando olhou também não viu a amiga e ali pensou morrer.
Passaram um dia inteiro dentro daqueles sacos.
No dia seguinte sentiram alguma agitação logo pela manhã, alguém levava os sacos na mão e ia a caminhar, mas quem e para quê eram as perguntas que elas se faziam a si mesmas.
Ouviram logo de seguida muito barulho, muita agitação, crianças, gritos: estavam numa escola…
Um professor disse:
- Meninos, trouxeram as folhas para o trabalho que vamos fazer?
- SIIIM!
- Tirem-nas do saco e coloquem em cima daquela mesa!
Todas as folhas se encontraram ali e foi enorme a alegria quando as duas folhinhas repararam que estavam de novo unidas!
O trabalho que as crianças iam fazer era muito simples, desenhar um sorriso nas folhinhas e afixá-las no placar da escola com alguns textos sobre o outono e a vindima.
Um menino pegou numa das folhinhas e começou a fazer um enorme sorriso, a folhinha admitiu que lhe fez algumas cócegas. Outro menino pegou na outra folhinha, fez-lhe um grande sorriso e colocou-a ao lado da outra.
Quando o professor foi afixá-las na parede, ficaram uma ao pé da outra, ambas com um enorme sorriso, e ali ficaram para sempre unidas, as duas folhinhas aventureiras.


Beatriz Mónica, 7ºB, Nº7